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Vítima de transfobia, repórter toma atitude contra Bruno na Justiça

Lisa Gomes, vítima de transfobia por Bruno, da dupla com Marrone, surpreendeu ao optar por não criminalizar o cantor sertanejo, que está sendo investigado

Em um movimento surpreendente, Lisa Gomes, repórter do TV Fama e vítima de transfobia praticada pelo sertanejo Bruno, da dupla com Marrone, decidiu não buscar a criminalização do cantor sertanejo, que está sendo investigado após a abertura de um inquérito e pode parar atrás das grades.

Segundo informações do colunista Gabriel Perline, o iG, a jornalista pretende processar Bruno apenas na esfera cível, buscando reparação por danos morais. Lisa Gomes enviou um documento à polícia, declarando que não tem interesse em participar das investigações que foram abertas pelo Ministério Público e que poderiam resultar na condenação e prisão do artista.

Nos últimos dias, a repórter tomou conhecimento através da imprensa imprensa de que o Ministério Público pediu a abertura de um inquérito policial contra Bruno, para investigar se ele praticou o crime de transfobia contra ela. Ciente do caso e de suas consequências, ela elaborou um ofício para que seus advogados entregassem ao DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), responsável pela investigação, alegando que não tem interesse em processar Bruno na área criminal.

Em uma recente entrevista ao podcast “Não É Nada Pessoal”, onde revelou que o sertanejo apalpou partes íntimas durante a entrevista, Lisa revelou que não ficaria em paz ao ver o sertanejo preso pela situação vexatória que ele a submeteu durante uma entrevista. Ela expressou preocupação com as centenas de pessoas empregadas por Bruno e as muitas famílias que seriam prejudicadas caso ele fosse preso.

Por isso, seu interesse jurídico no caso é apenas na esfera cível. Ela pretende que qualquer indenização por danos morais e constrangimento que venha a receber pela prática de transfobia seja revertida para auxiliar instituições que cuidam de pessoas transexuais em situação de vulnerabilidade.

Bruno enfrenta inquérito policial e pode ser preso

Ministério Público pede abertura de inquérito contra Bruno (Foto: Reprodução/Internet)
Ministério Público pede abertura de inquérito contra Bruno (Foto: Reprodução/Internet)

 

O mundo da música sertaneja e os círculos LGBTQIA+ estão em alvoroço. O motivo? O cantor sertanejo Bruno, da dupla Bruno e Marrone, está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por possíveis crimes de transfobia. O caso ganhou ampla repercussão e gerou revolta.

O incidente que desencadeou a investigação ocorreu durante uma entrevista com a jornalista trans Lisa Gomes, da RedeTV. Bruno fez uma pergunta ofensiva e constrangedora a Lisa, questionando se ela “tinha um pênis”. Este momento de humilhação ocorreu nos bastidores de um evento de música country.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o MPSP solicitou à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) a abertura de um inquérito policial contra o cantor. A solicitação veio após a Associação dos LGBTQIA+ ter feito denúncias de comportamento discriminatório por parte de Bruno contra Lisa Gomes.

A denúncia, protocolada pelo advogado criminalista Angelo Carbone, argumenta que crimes de ódio só cessarão quando os perpetradores receberem sentenças de prisão. Bruno já contratou um ex-secretário da Justiça de SP para lidar com as acusações de transfobia.

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou práticas de homofobia e transfobia ao crime de racismo. Com essa decisão, quem ofender ou discriminar indivíduos gays ou transgêneros pode ser penalizado com um a três anos de prisão. O crime é inafiançável e imprescritível. Se a Justiça decidir aplicar a pena de crime de transfobia ao cantor sertanejo após a investigação do inquérito policial, Bruno poderá até ser preso.

Fonte: Movimento Country

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