Titanic não implodiu igual ao submarino Titan? Cientistas explicam diferenças entre os casos
Recentemente, a tragédia do Titan, submarino da expedição ao Titanic, ganhou ampla cobertura nas manchetes. Tratou-se de um incidente envolvendo um submersível turístico, e um grupo de bilionários que buscavam explorar os destroços da famosa embarcação.
Durante a tentativa de descida até o naufrágio, o veículo, pertencente à OceanGate, sofreu uma implosão. Diante disso, algumas pessoas estão se questionando sobre o motivo pelo qual o navio permanece “intacto” no fundo do oceano, se o submersível não resistiu à pressão submarina.
Há um número de pessoas que se sentem intrigadas com a notável preservação dos destroços do Titanic. Afinal, se tanto o submarino quanto o próprio navio estão no fundo do oceano, por que apenas o submersível sofreu uma implosão?
Antes de abordar esse tema, é fundamental compreender o conceito de implosão, e as possíveis causas desse fenômeno. A implosão acontece quando a pressão interna é muito menor do que a pressão externa de um objeto. Enquanto o interior do submarino Titan mantinha uma pressão próxima à superfície, permitindo que os passageiros descessem até o fundo do mar, do lado de fora a água exercia uma pressão extremamente alta sobre as paredes do submersível.
Por outro lado, o Titanic, apesar de grande parte de sua carcaça aparentar estar relativamente intacta, na realidade sofreu implosões em algumas partes enquanto afundava. À medida que a água invadia sua estrutura, bolsões de ar se formaram em certas áreas. Com o afundamento, esses espaços passaram a apresentar uma pressão interna significativamente diferente da externa, até que não puderam mais suportar e implosões ocorreram.
No entanto, as áreas internas completamente inundadas com água do mar durante o naufrágio, assim como a estrutura externa, não foram afetadas pela pressão. É por esse motivo que o navio afundado aparenta estar mais “preservado” em comparação ao submarino turístico Titan.