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Sertanejos apoiaram Bolsonaro em troca de perdão de dívida

De acordo com jornalista Ricardo Feltrin, os artistas sertanejos que declararam apoio ao ex presidente Jair Bolsonaro devem quase um bilhão ao Governo Federal

O mundo dos artistas sertanejos está sendo abalado por uma revelação chocante. Uma investigação conduzida pelo renomado jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, descobriu uma dívida bilionária que esses artistas têm com a União, chegando a incríveis 1 bilhão de reais.

De acordo com fontes confiáveis ouvidas por Feltrin, essa enorme dívida inclui débitos, pagamentos atrasados e multas de Imposto de Renda tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas. No entanto, o mais perturbador é que o apoio desses artistas ao presidente Jair Bolsonaro pode ter sido o motivo por trás de uma promessa obscura: o perdão dessas dívidas em até 90%, caso o presidente seja reeleito.

Informações obtidas pelo site de Feltrin revelam que há investigações em andamento sobre as empresas que promovem as carreiras dos artistas sertanejos. Essas empresas, supostamente controladas por procuradores, agentes, amigos, parentes, empresários e até mesmo “laranjas” dos próprios artistas, acumularam dívidas federais significativas.

Os Ministérios Públicos Federais de diversos estados brasileiros, como Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Piauí, Minas Gerais, Maranhão, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Alagoas estão envolvidos nas investigações que se iniciaram há sete anos.

Entre os artistas sertanejos supostamente envolvidos nessa trama de dívidas e apoio político está o famoso Gusttavo Lima, cuja relação próxima com Bolsonaro chamou a atenção do público. Além da amizade que se estendeu a encontros entre o sertanejo e o filho caçula do ex-presidente, diversos negócios foram realizados entre as partes, incluindo uma campanha milionária de Gusttavo Lima para a Mega da Virada e até mesmo sua inclusão em um sigilo de 100 anos decretado pelo político.

Não é segredo para ninguém que a esposa de Gusttavo Lima, Andressa Suita, também é uma apoiadora fervorosa de Bolsonaro. Durante o primeiro turno das eleições de 2022, ela fez uma postagem enigmática com a bandeira do Brasil e frases religiosas, mas bloqueou os comentários na publicação. Já o sertanejo transformou seus shows em verdadeiros palanques políticos, participando de encontros públicos com o político e pedindo votos abertamente.

Curiosamente, esse período coincide com o auge de lucratividade de Gusttavo Lima em sua agenda de shows. Os cachês exorbitantes cobrados pelos sertanejos foram descobertos pela polêmica “CPI do Sertanejo”, colocando o cantor sob pressão popular e fiscalizadora.

No entanto, Gusttavo Lima não foi o único beneficiado pelo governo Bolsonaro. Sua esposa Andressa Suita, que recentemente causou polêmica ao ignorar a presença do irmão em um reality show da Record, também recebeu uma quantia considerável em uma campanha publicitária em 2019. Segundo informações obtidas pela Lei de Acesso à Informação, ela recebeu R$ 70 mil para fazer sete publicações no Instagram como parte de uma campanha de combate à violência contra a mulher.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) justificou a escolha de Andressa Suita para a campanha, citando sua condição de “celebridade” com grande alcance no público adulto, sua representatividade como mãe e mulher, e seu bom diálogo nas redes sociais. Na época, a influenciadora contava com 6,9 milhões de seguidores no Instagram.

Além de Suita, outras influenciadoras também foram contratadas para a mesma campanha, incluindo nomes como Flávia Pavanelli, Mariana Felício, Mari Maria, Shantal Verdelho, Juliana Goes, Fabíola Melo, Taciele Alcolea e Nina Secrets.

Recentemente, o cantor sertanejo Gusttavo Lima se envolveu em uma nova polêmica após a divulgação de um contrato entre a Caixa Econômica Federal e a empresa responsável por sua carreira. Esse contrato se refere a uma publicidade para a Mega Sena da Virada de 2020, pela qual Lima teria recebido a quantia de R$ 1,1 milhão.

A revelação desse contrato veio à tona após a recusa inicial da Caixa em divulgar as informações relacionadas ao cantor. Somente após uma solicitação da Controladoria-Geral da União (CGU) em janeiro de 2021, as informações foram liberadas, mesmo estando inicialmente sob sigilo.

Essa divulgação causou uma onda de comentários e críticas nas redes sociais, com internautas questionando ironicamente se a “mamata” não havia acabado, fazendo referência a uma das promessas de campanha de Bolsonaro.

Agora, com essas revelações sobre as dívidas bilionárias dos artistas sertanejos e seu suposto apoio político em troca de perdão, o país aguarda ansiosamente por respostas e ações das autoridades para lidar com essa situação tão alarmante.

Fonte: Movimento Country

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