‘Quando ouvia alguém falar português, ficava muito nervosa’, diz médico que atendeu suposta vítima de Daniel Alves
Nesta quarta-feira (7), acontece o último dia de julgamento do jogador Daniel Alves, que é acusado de estupro por uma mulher em Barcelona. O dia judicial iniciou com depoimentos de psicólogos e médicos que atenderam a suposta vítima após o ocorrido.
Um dos profissionais chegou a dizer como a mulher foi encontrada, destacando que ela estava com medo, mas se mantinha coerente e educada. “Com momentos de tensão e lágrimas”, contou o médico, afirmando que, mesmo assim, ela conseguia explicar de forma coerente o que tinha acontecido.
Além disso, o mesmo profissional chegou a dizer que a denunciante não citou o nome de Daniel Alves, contudo, afirmou que seu abusador falava português. “Quando ela ouvia alguém falar português, ficava muito nervosa”, relatou.
Ainda em juízo, o médico afirmou que após o ocorrido do dia 30 de janeiro, a mulher teria perdido a vontade de praticar alguns de seus hobbies, além de estar sofrendo com distúrbio de sono, sintomas que ele destaca serem consistentes de estresse pós-traumático.
Os profissionais ouvidos pelas autoridades espanhola afirmam que não houve lesão vaginal na denunciante, contudo, ressaltam que isso não pode servir como prova de que houve, ou não, um episódio de estupro, já que 70% das mulheres vítimas de agressão sexual não sofrem lesões vaginais.
Daniel Alves está preso desde janeiro de 2023, dias após ter sido denunciado por estupro em Barcelona. Conforme relato da denunciante, o crime teria acontecido no banheiro de uma boate no dia 30 de dezembro de 2022.