Aos 71 anos, o ator Paulo Betti decidiu compartilhar sua história pessoal durante uma entrevista franca com Gardênia Cavalcanti no programa Vem com a Gente, da Band. Durante o encontro, o artista revelou detalhes de sua jornada no universo das artes e refletiu sobre a chegada de seus pais ao Brasil.
Resumidamente, o ator compartilhou seu monólogo autobiográfico, intitulado Autobiografia Autorizada, indicado ao Prêmio Shell de Melhor Texto em 2015 e foi finalista do Prêmio Faz Diferença do jornal O Globo. Ele compartilhou que dedicou 50 anos à arte e sentiu a necessidade de falar mais sobre seus pais, sua infância e sua ancestralidade.
Durante o bate-papo, o ator Paulo Betti compartilhou detalhes sobre seu nascimento e as dificuldades enfrentadas na infância. “Minha mãe era benzedeira, uma figura muito engraçada. Eu nasci em uma senzala”, contou o ator. Ele também falou sobre sua família, que foi trazida da Itália para o Brasil durante o período da Abolição da Escravatura, quando havia um movimento para embranquecer a população brasileira.
Paulo Betti compartilhou que estudou em escola pública em uma época em que essas instituições eram consideradas boas referências. Além disso, destacou que sua peça aborda temas como a discriminação contra negros ao longo da história e questões religiosas. “Minha mãe era empregada doméstica e na casa, os patrões tinham livros e com cinco anos eu já tinha contato com os livros”, pontuou o veterano.
Após quatro décadas na Rede Globo, o ator Paulo Betti encerrou seu contrato de trabalho com a emissora carioca. Agora, seu vínculo passa a ser por obra, como acontece com outros artistas.
Durante a entrevista concedida à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o veterano expressou que sua saída foi completamente tranquila. Ele também mencionou que a Globo não possui mais a mesma audiência de antes e destacou que as decisões econômicas são necessárias para uma emissora de televisão dentro da conjuntura atual, considerando isso até salutar.
