Nova onda de Covid-19 na China pode levar a 65 milhões de casos semanais, estima cientista
O renomado cientista Zhong Nanshan, especialista em doenças respiratórias e responsável por identificar os primeiros casos de coronavírus associados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) em 2003, fez declarações alarmantes durante uma conferência científica na cidade de Guangzhou, de acordo com o jornal Pengpai Xinwen (The Paper) de Xangai. Segundo o especialista, uma onda de infecções estava se aproximando rapidamente na China, e sua modelagem sugeria que o país poderia estar enfrentando cerca de 40 milhões de novas infecções por semana.
Essa estimativa assustadora levanta sérias preocupações sobre o cenário epidemiológico global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 28 dias analisados, compreendidos entre 24 de abril e 21 de maio, foram registrados quase 2,3 milhões de novos casos de coronavírus em todo o mundo, resultando em quase 15.000 mortes. Esses números representam uma queda de 21% nos casos e 17% nas mortes em comparação com os 28 dias anteriores.
No entanto, enquanto algumas regiões apresentaram uma diminuição nos casos, outras testemunharam aumentos preocupantes. A África e o Pacífico Ocidental registraram aumentos nos casos relatados, e as regiões da África, Américas, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental testemunharam um aumento nas mortes. Até 21 de maio, foram relatados globalmente mais de 766 milhões de casos confirmados de coronavírus, com um total de mais de 6,9 milhões de mortes.
Esses números ressaltam a necessidade urgente de ações coordenadas e eficazes para conter a propagação do vírus. A declaração do Dr. Zhong Nanshan levanta sérias preocupações, pois uma onda de infecções tão grande teria um impacto significativo na saúde pública, no sistema de saúde e na economia da China e potencialmente em todo o mundo.