Mulher de 2,41 metros deu à luz ao maior bebê de todos os tempos, mas ele sobreviveu por apenas 11 horas
Anna Bates, uma canadense de estatura fora do comum, deu à luz um bebê que sobreviveu apenas por 11 horas em 19 de janeiro de 1879. A criança, apelidada de Babe, bateu dois recordes do Guinness: nasceu com 71,12 cm de comprimento e pesando 9,98 kg, tornando-se o bebê mais longo e pesado já registrado. Para efeito de comparação, um recém-nascido do sexo masculino normalmente mede entre 48,2 e 50,8 cm e pesa cerca de 3,3 kg.
A estatura de Babe não era surpreendente, considerando que ambos os pais possuíam medidas extraordinárias. Anna Bates tinha 241,3 cm de altura, e seu marido, Martin van Buren Bates, media 236,22 cm. Os dois detêm o título de Casal Mais Alto do Mundo no Guinness com uma altura combinada de 477,52 cm. Martin descreveu o filho como “perfeito” e disse que a criança se assemelhava a um bebê de seis meses no momento do nascimento.
Anna Bates nasceu em 6 de agosto de 1846, filha de imigrantes escoceses na Nova Escócia, Canadá. Desde cedo, sua altura a destacou: aos quatro anos, media 137,16 cm e aos seis, já era mais alta que a própria mãe, atingindo 165,1 cm. Ela foi mais alta que a mulher mais alta da atualidade, Rumeysa Gelgi, com 215,16 cm, mas menor que o recorde absoluto de altura, de Zeng Jinlian, que media 246,3 cm.
A altura extraordinária de Anna lhe proporcionou um trabalho em um circo com o showman americano Phineas Taylor Barnum. Ela era considerada uma “moça inteligente” e atraía “milhares de pessoas”, sendo a única mulher com gigantismo conhecida em sua época. Anna quase perdeu a vida em um incêndio no museu de Barnum em 1865, mas foi resgatada pelos funcionários que quebraram uma parede para que ela pudesse escapar. Foi durante uma turnê na Europa que conheceu Martin van Buren Bates, com quem se casou em 1871, em Londres. Posteriormente, fizeram uma turnê de 14 meses como o casal mais alto do mundo.
Apesar do reconhecimento e sucesso em sua carreira de show, Anna e Martin enfrentaram tragédias pessoais, perdendo dois filhos no nascimento. Anna morreu de tuberculose em 1888 e deixou um patrimônio avaliado em US$ 40 mil. Seus pertences foram distribuídos entre a família e alguns itens são agora exibidos no Sunrise Trail Museum, em Tatamagouche, Canadá.
