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MP pede cancelamento de show de R$ 1 milhão do Gusttavo Lima

Além de Gusttavo Lima, gasto total com atrações e infraestrutura do evento chega a R$ 5,5 milhões, enquanto cachês de 56 artistas ainda não foram divulgados

A Prefeitura de Santa Rita anunciou o pagamento de R$ 1,1 milhão para o show do cantor Gusttavo Lima durante as festividades de São João. Além do cachê estrondoso do cantor sertanejo, o valor integra o total de R$ 5,5 milhões já destinados às atrações e à estrutura do evento, sendo que ainda restam os cachês de 56 artistas a serem revelados.

A informação foi confirmada pelo site ClickPB nesta quarta-feira (22), após verificação no Diário dos Municípios. O contrato com Gusttavo Lima será realizado por meio da empresa Balada Eventos e Produções LTDA, com o show marcado para o dia 12 de junho.

Abaixo estão os valores pagos a outros artistas já confirmados para o evento:

  • Gusttavo Lima: R$ 1,1 milhão
  • Saia Rodada: R$ 300 mil
  • Aline Barros: R$ 220 mil
  • Mara Pavanelly: R$ 200 mil
  • Avine Vinny: R$ 150 mil
  • Fulô de Mandacaru: R$ 150 mil
  • Vicente Nery: R$ 150 mil
  • Bonde do Brasil: R$ 120 mil

Os cachês de artistas como Desejo de Menina, Dorgival Dantas, Elba Ramalho, João Gomes, Maiara e Maraisa, Padre Fábio de Melo, Taty Girl, Waldonys e Wesley Safadão ainda não foram divulgados pela Prefeitura de Santa Rita.

Em relação à infraestrutura, o ClickPB identificou que R$ 943.502,40 serão gastos no aluguel e instalação de aparelhos de ar-condicionado, enquanto a montagem, instalação, operação e desmontagem de painéis de LED, usados na cenografia, terão um custo de R$ 1.705.666,67.

Ministério Público solicita suspensão do São João de Santa Rita

Após ser vítima de golpe, Gusttavo Lima tem prejuízo e vê seu nome parar no Serasa (Foto: Divulgação)
Gusttavo Lima (Foto: Divulgação)

O Ministério Público do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) solicitou a suspensão da contratação dos cachês milionários, após uma auditoria identificar possíveis irregularidades. A medida cautelar foi concedida após denúncia de Nicola Lomonaco, presidente do AGIR de Santa Rita.

Segundo o parecer do procurador Manoel Antônio dos Santos Neto, assinado nesta quarta-feira (22), há uma falta de transparência nos gastos, evidenciada pela ausência de diversos contratos no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP). Além disso, foi constatada a ausência de prévia dotação orçamentária específica para as contratações, havendo apenas uma autorização genérica de remanejamento de recursos.

Os peritos também identificaram que os custos das festividades juninas deste ano representam um aumento significativo em relação aos anos anteriores, 2022 e 2023. Como exemplo, a contratação do artista Bell Marques, que sozinho custará R$ 500 mil para uma apresentação de aproximadamente 90 minutos.

Repercussão e Justificativas

O autor da denúncia, Nicola Lomonaco, celebrou a decisão do TCE-PB. “Os altos cachês causam um desequilíbrio financeiro no município, resultando em uma falta de investimentos essenciais em saúde e educação, que estão muito precárias na cidade. Eu acredito no Tribunal de Contas e que ele não permitirá que a administração municipal desmoralize um órgão de fiscalização tão respeitável“, afirmou.

Com a medida cautelar em vigor, a realização dos shows e o destino dos recursos destinados ao evento permanecem incertos até que o Tribunal de Contas finalize sua análise. A população aguarda ansiosamente pelo desfecho dessa novela, que envolve grandes artistas e cifras milionárias, em meio a um debate sobre a gestão responsável dos recursos públicos.

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Fonte: Movimento Country

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