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Homem que morreu após receber injeção em farmácia não teve reação alérgica a medicamento, aponta laudo

Documento necroscópico indica que Cláudio Marcos Souza Teixeira, de 51 anos, chegou à farmácia com quadro de início de infarto. Caso ocorreu em abril do ano passado, em São José do Rio Preto (SP).

Farmácia onde ocorreu o caso é conhecida por moradores em Rio Preto — Foto: Reprodução/Google Street View

1 de 1 Farmácia onde ocorreu o caso é conhecida por moradores em Rio Preto — Foto: Reprodução/Google Street View

Farmácia onde ocorreu o caso é conhecida por moradores em Rio Preto — Foto: Reprodução/Google Street View

Na ocasião, Cláudio Marcos Souza Teixeira foi até a farmácia, acompanhado da irmã, que é técnica em enfermagem, com dores nas costas. Após receber o medicamento, o homem ficou fraco, perdeu a consciência e não reresistiu.

O inquérito foi enviado ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) nesta semana, que vai decidir se arquiva o caso ou se discorda do entendimento do delegado e oferece a denúncia à Justiça.

A investigação

De acordo com o delegado responsável pelo caso, João Lafayette Sanches Fernandes, do 1º Distrito Policial de Rio Preto, o laudo apontou que a vítima chegou na farmácia com o quadro de início de infarto. Ele ainda informou que Cláudio estava acostumado a tomar a injeção para a dor, o que reforça a conclusão da perícia.

As investigações, portanto, concluíram que a vítima não morreu por reação alérgica ao medicamento. O delegado concluiu que o responsável pela aplicação não deve ser indiciado por homicídio culposo.

Ao g1, o advogado Augusto Mendes Araújo informou, em nota, que a farmácia respeita os preceitos éticos que envolvem a profissão.

“Em relação à investigação, teve postura colaborativa fazendo todos os esclarecimentos que se fizeram pertinentes as autoridade públicas, colaborando a todo o momento com as investigações”, conclui.

Questionado sobre a instauração de processo administrativo, o Conselho Regional de Farmácia (CRF) informou que o Código de Ética Farmacêutica impede a divulgação ou menção de processos instaurados.

“De acordo com a Lei de Acesso à informação, os procedimentos preparatórios que ainda não tenham sido concluídos tem a sua divulgação restrita ao âmbito interno”, finaliza a nota.

O caso

No dia do ocorrido, o boletim de ocorrência informou que os funcionários da farmácia colocaram Cláudio sentado em uma cadeira, antes de ele perder a consciência.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para reanimar a vítima, mas ela não resistiu.

Em depoimento, a irmã de Cláudio explicou à polícia que o socorreu em casa e tentou atendimento no pronto-socorro da Vila Toninho. Contudo, o homem pediu para ser levado para a farmácia, já que a unidade de saúde estava lotada.

 

 

 

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