A Globo se encaminha para vivenciar, em 2023, seu melhor ano desde o início da pandemia do coronavírus, conforme indicam os resultados financeiros divulgados na quarta-feira (29) por Paulo Marinho, seu principal executivo. Em uma mensagem dirigida a funcionários, parceiros e credores, o presidente da empresa expressou otimismo: “O fim do ano se aproxima e temos motivos para celebrar”.
No terceiro trimestre deste ano, a Globo registrou um faturamento de R$ 4,03 bilhões, representando um aumento de 6% em relação aos R$ 3,81 bilhões do mesmo período no ano anterior. O impulso desses números é atribuído às denominadas “outras receitas”, englobando direitos esportivos, transmissões e serviços.
As receitas provenientes de vendas de publicidade, responsáveis por 61% do faturamento, e de assinaturas de TV paga e streaming, totalizando 35%, também apresentaram crescimento, embora mais moderado, na casa dos 4%.
O relatório de Marinho reconhece que a Globo vem enfrentando uma redução contínua nas receitas provenientes da TV por assinatura, resultado da diminuição do número de clientes e renegociações com operadoras que ajustaram os valores pagos por pacotes de canais.
Isso ocorreu, em parte, devido à competição própria no mercado de streaming. No entanto, o aumento nas assinaturas do Globoplay e do Premiere (antigo pay-per-view de futebol) tem compensado a perda de relevância do cabo.
O indicador mais notável do relatório revela a eficácia das medidas de controle de custos e despesas implementadas pela Globo. No terceiro trimestre deste ano, a emissora economizou R$ 10 milhões em comparação com o mesmo período de 2022, totalizando R$ 3,65 bilhões.
