Ensino Superior: piores e melhores salários em 2023
Desenvolvedores de sistemas e analistas de dados estão no topo da pirâmide salarial, com um crescimento de 91% em 11 anos, enquanto os professores de artes e música enfrentam uma redução de até 45% em seus salários. Essas são algumas das descobertas chocantes de um recente levantamento realizado pela pesquisadora Janaína Feijó, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre).
A pesquisa revela uma disparidade alarmante entre as remunerações de profissionais de tecnologia e educadores no Brasil. Enquanto os desenvolvedores de páginas de internet e multimídia desfrutam de uma média mensal de R$ 6.075, com um impressionante crescimento de 91% ajustado pela inflação ao longo de 11 anos, os professores de artes, música e outros profissionais da educação enfrentam uma redução salarial que varia de 23% a 45%.
A pandemia desencadeou uma aceleração nas transformações tecnológicas, criando uma crescente demanda por profissionais com conhecimentos em Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemáticas (STEM). Essa tendência alinha o mercado de trabalho brasileiro com países desenvolvidos e em desenvolvimento, onde as ocupações de TI continuam entre as mais bem remuneradas.
Janaína Feijó enfatiza que a escassez de profissionais com conhecimentos em STEM e a rápida adoção de novas tecnologias pela sociedade continuarão a manter os salários dessas profissões no topo. Ela observa que atividades repetitivas e operacionais tendem a ser substituídas por máquinas e soluções inteligentes, criando uma demanda crescente por profissionais para desenvolver e atuar nessas áreas.
Sendo assim, é notável a crescente demanda por talentos de TI, o que reforça a necessidade de investimento em educação e capacitação nas áreas STEM para garantir um futuro competitivo no mercado de trabalho brasileiro.