Banida por amor: mulher conquista o direito de reencontrar o chimpanzé que a deixou apaixonada em zoológico
Adie Timmermans, que ficou famosa por ter se apaixonado por um chimpanzé no zoológico de Antuérpia, na Bélgica, recebeu permissão para retornar ao local após ser banida anteriormente. Timmermans costumava visitar o chimpanzé, chamado Chita, com frequência durante quatro anos, enviando beijos e acenando através do vidro do recinto. Ela argumentou na época que ambos ficariam abalados se fossem impedidos de se verem, dado o vínculo emocional que haviam desenvolvido.
A administração do zoológico, no entanto, justificou o banimento alegando que a interação frequente de Chita com Timmermans estava prejudicando sua socialização com outros chimpanzés. A preocupação era que o contato contínuo com humanos pudesse fazer com que Chita se isolasse dos membros de sua própria espécie, o que seria prejudicial para seu bem-estar a longo prazo.
Veterinários do zoológico afirmaram que a integração social de Chita com outros chimpanzés é importante, mas que este processo estava sendo afetado pelo envolvimento de Timmermans. Segundo eles, devido a essa interação humana constante, Chita estava encontrando dificuldades para se relacionar com outros chimpanzés que foram introduzidos a ele.
Para ter seu acesso ao zoológico restaurado, Timmermans teve que se comprometer a mudar seu comportamento em relação à Chita. A gerente de comunicações do zoológico, Ilse Segers, afirmou que não há proibição de visitar Chita, contanto que Timmermans modifique sua interação com ele, permitindo que o chimpanzé socialize mais com seus pares.
Segers destacou a necessidade de equilíbrio na relação entre humanos e animais, especialmente em casos como o de Chita, que foi criado com humanos e está no zoológico há quase 30 anos. Ela apelou a Timmermans para que permitisse que Chita fosse “um chimpanzé entre os chimpanzés”, restringindo a quantidade de tempo que passava atraindo sua atenção, para promover sua saúde e bem-estar geral.