Submarino da expedição Titanic: cientista explica processo de decomposição em condições inóspitas
O processo de decomposição do corpo humano segue um conjunto de etapas bem definidas, com a presença de microrganismos desempenhando um papel fundamental nesse processo. No entanto, em situações extremas, pode ser alterado.
Um exemplo é quando ocorre um óbito em grandes profundidades dentro de um submarino, como o Titan, da expedição ao Titanic. Normalmente, a decomposição tem início imediatamente após o óbito, quando o suprimento de oxigênio para as células é interrompido.
A fase inicial é caracterizada pela palidez da pele e pelo resfriamento do corpo, seguidos por alterações na coloração, acúmulo de gases e o surgimento de odores característicos. Os tecidos moles se desintegram gradualmente, até que apenas ossos e cabelos permaneçam.
Contudo, quando ocorre a morte em ambientes ou circunstâncias inóspitas, vários fatores cruciais para o processo de decomposição podem ser eliminados, resultando em consideráveis atrasos nesse processo.
Por exemplo, no caso de um óbito dentro de um submarino, como o Titan, é inevitável que o oxigênio acabe em algum momento, dificultando a ação das bactérias responsáveis pela decomposição do corpo. Além disso, dependendo da profundidade em que o submarino se encontra, as temperaturas, extremamente baixas, podem contribuir para a preservação dos tecidos corporais.
Além dos fatores mencionados, há outras variáveis que podem influenciar a decomposição do corpo. Por exemplo, no caso de um rompimento, a alta pressão a que os corpos estariam expostos em grandes profundidades poderia acelerar o processo, assim como o contato com o ambiente externo hostil.