Perfil que vazou fotos de Marília Mendonça continua ativo
Usuário do Twitter é preso por compartilhar imagens trágicas de artistas famosos, mas seu perfil permanece ativo na rede social e causa revolta entre os fãs
Fellipe Alves, um serralheiro de 22 anos, foi preso na última segunda-feira (17/4) por compartilhar imagens de cantores famosos falecidos em trágicos acidentes, entre eles da cantora sertaneja Marília Mendonça. Apesar de sua prisão preventiva, seu perfil no Twitter permanece ativo, continuando a disseminar arquivos de vídeo e comentários em tom de deboche sobre as vítimas.
O perfil de Fellipe foi responsável pelo vazamento de imagens de laudos periciais realizados em Institutos de Medicina Legal (IML). O serralheiro afirmou possuir fotos dos corpos de Marília Mendonça, Cristiano Araújo e dos integrantes da banda Mamonas Assassinas. Fellipe também incentivava seus seguidores a participarem de seu grupo no Telegram.
O criminoso chegou a publicar um vídeo mostrando o corpo do cantor Gabriel Diniz, que faleceu em um acidente aéreo em Sergipe em 2019, com a legenda irônica: “Gabriel Diniz nadando“. O Twitter ainda não respondeu aos questionamentos da imprensa sobre o perfil ativo de Fellipe.
A operação Fenrir, conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, visa reprimir os crimes envolvendo o vazamento desse tipo de imagem na internet. A investigação aponta que Fellipe compartilhava o conteúdo indiscriminadamente e teria começado a cometer os crimes em 2019, quando tinha 18 anos.
Além de fazer chacota com a morte dos artistas, o criminoso também publicou posts destilando ódio contra o ex-presidente Lula. A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um processo administrativo para investigar como as fotos foram a público, uma vez que o sistema que armazena o conteúdo é auditável.
Robson Cunha, advogado da cantora Marília Mendonça, pediu que as pessoas não compartilhem as imagens e denunciem o conteúdo. Em nota oficial, a equipe da cantora expressou seu choque e afirmou que tomará medidas para punir os responsáveis.
A investigação da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos continua para determinar se Fellipe agia sozinho ou se havia outros envolvidos na disseminação das imagens trágicas de artistas famosos.