Aedes aegypti: existe um sangue preferido pelo mosquito transmissor da dengue?
O país tem sofrido com um surto de dengue em várias regiões do país. A condição pode causar sérias complicações em alguns casos, inclusive podendo levar o paciente a óbito. A doença é transmitida através da picada do Aedes aegypti. Muitas pessoas têm curiosidade em saber se há um tipo de sangue preferido pelo mosquito transmissor.
De acordo com Maria Anice Mureb Sallum, professora da USP – Universidade de São Paulo, o Aedes aegypti é a espécie invasora mais famosa do país. A verdade é que a picada do mosquito afeta todos os tipos sanguíneos. Contudo, alguns estudos sugerem sua preferência pelo sangue O ou B. Porém, é necessário ressaltar a importância de mais pesquisas para validar cientificamente a tese.
Muita gente pensa que o Aedes aegypti é nativo do Brasil, mas isso não é verdade. Ele vem do Egito e acabou sendo trazido para as Américas no período colonial. Um questionamento corriqueiro é sobre o uso do ventilador. O equipamento auxilia dispersando os mosquitos, porém não é uma solução eficiente.
Isso porque o mosquito tem uma tendência a voar baixo, em torno de 30 a 50 centímetros. Eles somente vão evitar a área com vento forte podendo se abrigar em outros lugares. O Aedes aegypti já foi erradicado no Brasil no ano de 1955. Infelizmente, após o relaxamento das medidas de controle, ele acabou retornando.
As fêmeas são responsáveis por transmitir a doença, pois precisam do sangue para que os ovos desenvolvam. Caso o mosquito esteja infectado com o vírus, ele começa a transmitir a doença.
Muitas pessoas acreditam que o mosquito somente pica durante o dia. Isso não é verdade, pois se tiver a chance, ele também vai picar durante a noite. Quem transpira muito tem uma tendência maior em atrair mosquitos.
O Aedes aegypti gosta de água parada para desenvolver os ovos, porém evitam a luz forte. Portanto, a população é extremamente importante na luta contra a proliferação do mosquito. Fique atento a limpeza do quintal e também dentro da residência. Vale ressaltar que o maior foco está dentro dos domicílios.