Coto umbilical: por que não se deve guardar em casa?
Guardar o coto umbilical do recém-nascido como uma lembrança é uma prática que tem sido adotada por muitos pais, movidos pelo desejo de preservar esse momento único e simbólico. No entanto, especialistas em saúde alertam que essa atitude pode trazer riscos à saúde do bebê e não possui benefícios comprovados.
O coto umbilical, parte do cordão que liga o bebê à placenta durante a gestação, deve ser tratado corretamente após o nascimento, mas sua guarda não é recomendada pelos profissionais da área médica.
O principal motivo para não guardar o coto umbilical é o risco de contaminação. Após o nascimento, o coto umbilical passa por um processo natural de secagem e cicatrização, podendo levar alguns dias até que ele se desprenda do corpo do bebê. Durante esse período, é uma porta aberta para a entrada de bactérias e outros patógenos, aumentando o risco de infecções. O armazenamento inadequado do coto pode agravar essa situação, expondo o bebê a microrganismos nocivos.
Alguns defensores da prática de guardar o coto umbilical alegam que ele pode ser utilizado para tratamentos futuros do bebê, como a terapia com células-tronco. Entretanto, é importante ressaltar que as células-tronco obtidas a partir do coto umbilical têm aplicações limitadas e não são uma garantia de cura para doenças ou condições médicas. Além disso, a coleta e armazenamento apropriado das células-tronco exigem um processo rigoroso e específico, que difere do simples ato de guardar o coto umbilical em casa.
Outra preocupação importante é o armazenamento caseiro do coto umbilical. Ao guardá-lo em casa, há um risco significativo de deterioração e contaminação por fungos e bactérias presentes no ambiente. Além disso, em caso de emergências médicas, as famílias podem não estar cientes de como o coto foi armazenado corretamente e, portanto, seu uso posterior poderia se tornar prejudicial ao invés de benéfico.